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Os metais do grupo da platina

Sabrina Santana Klabacher

Atualizado: 11 de set. de 2023

Em seus sete períodos e 18 grupos, a tabela periódica contém um total de 118 elementos químicos classificados de acordo com as correlações entre suas características físicas e químicas. Dentre essas divisões, um determinado grupo de elementos se destaca no mundo atual: os chamados metais do grupo da platina (MGP), formado pela platina (Pt), paládio (Pd), rutênio (Ru), ródio (Rh), ósmio (Os) e irídio (Ir). Tais metais são extremamente valiosos, uma vez que apresentam propriedades químicas e físicas semelhantes (como baixa reatividade, resistência à corrosão, considerável ação catalítica e elevada dureza) que se tornam interessantes para os mercados de joalheria, automóveis e industrial.


Figura 1. Tabela periódica dos elementos. Fonte: Toda Matéria.

A descoberta desses metais se deu de forma gradual, sendo iniciado pelo uso e caracterização da platina. A platina (Pt - número atômico 78) é um metal de transição de coloração prateada, encontrado em baixa quantidade na crosta terrestre (5 mg/kg) na forma de pepitas, geralmente associada a minérios de cobre e níquel, ou também de forma combinada no mineral sperrilita (PtAs2). Por possuir baixa reatividade - ou seja, por ser um metal nobre - e ser encontrada em conjunto com outros elementos, a platina, apesar de ter o seu uso datado desde 700 a.C., passou a ser obtida pura em quantidades consideráveis apenas no início do século XVIII, quando os pesquisadores Wollaston e Tennant, que trabalhavam em parceria no processo de refino desse metal, conseguiram separá-la e descobrir os demais compostos que pertenceriam, mais tarde, ao grupo da platina. Dessa forma, enquanto Wollaston descobriu o ródio e o paládio, Tennant observou o irídio e o ósmio.


Figura 2. William Wollaston (à esquerda) e Smithson Tennant (à direita).

Assim, posteriormente, com a descoberta e a separação dos demais metais do grupo da platina, as aplicações desses compostos se tornaram vastas e extremamente importantes para o desenvolvimento de materiais tecnológicos utilizados até os dias de hoje, garantindo a eles elevado valor comercial. A seguir, serão descritas brevemente as principais propriedades de cada um dos MGP e seus usos.


Paládio

O paládio é um elemento químico de símbolo Pd e número atômico 46 de coloração branco-prateada. É dúctil, resistente à corrosão e pode ser dissolvido em ácidos oxidantes, bases fundidas e em áqua régia. Suas aplicações vão desde próteses dentárias (em conjunto com outro, cobre, prata e platina) à ligas para fabricação de joias.

Figura 3. Paládio.
Ósmio

Sendo o metal que possui maior densidade (22,6 g/cm^3), o ósmio (Os) é um elemento químico de número atômico 76 de coloração branco-azulada, raro e de difícil fundição. Sua aplicação está normalmente voltada para pesquisas científicas, mas também já foi muito usado como pontas de canetas e filamentos de lâmpadas.

Figura 4. Ósmio.

Irídio

O irídio (Ir - número atômico 77) é um metal extremamente raro que vem sendo muito valorizado no mercado atualmente, principalmente por sua elevada resistência a altas temperaturas. Esse metal é muito abundante em meteoritos, e suas aplicações devido a suas propriedades físicas e químicas são voltadas para a fabricação de motores de aeronaves, catalisadores, velas de ignição, como agente endurecedor em ligas de platina e em materiais elétricos. Sua coloração característica é branco prateada, ligeiramente amarelada.


Figura 5. Irídio.

Ródio

Tema do post de novembro do blog, o ródio (Rh - número atômico 45) é um metal precioso e nobre, e um dos metais mais brancos existentes. Com características como baixa reatividade e resistência à corrosão, é frequentemente usado para a confecção de joias e ligas, além de ser usado em banho de peças (na coloração branca ou acinzentada) e como conversor catalítico em automóveis.


Figura 6. Ródio.

Rutênio

O rutênio (Ru - número atômico 44) é um metal de transição de cor branca. É duro, quebradiço, brilhante e resistente à corrosão, e foi descoberto no ano de 1804 pelo químico francês Antoine François de Fourcroy. As aplicações de seus compostos são voltadas para a área biológica, como agente antitumoral e marcador biológico. Além disso, o rutênio também pode ser encontrado como catalisador, sensibilizador em células solares e em processos de degradação fotocatalítica.


Figura 7. Rutênio.

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